Ano XIV - nº 39  |   agosto 2021   |   ISSN 1983-2354
» DOSSIÊ PROJETO VAMOS CONVERSAR? ENSINO E PESQUISA DE LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

O romance angolano e as configurações de nação e identidade

Partindo de personagens ficcionais, pesquisa traz reflexões sobre identidade e nação como conceitos que extrapolam as ideias hegemônicas e homogêneas de nacionalidade e analisa mudanças sofridas por Angola e pelo romance angolano depois de 1975, tendo como corpus as obras de Kalaf Epalanga e Ondjaki. Leia Mais »

Imagens da busca de felicidade em Noémia de Sousa

Pesquisadora traz em artigo as reflexões em torno das origens da pesquisa “Imagens da busca de felicidade nas literaturas africanas de língua portuguesa”, e destaca poemas de Noémia de Sousa. Leia Mais »

A escrita de Vera Duarte: de Cabo Verde para o mundo

Artigo aborda a vasta e diversa produção da Vera Duarte, poeta, ficcionista e ensaísta de Cabo Verde, destacando os principais temas e sua importância literatura de língua portuguesa na contemporaneidade. Leia Mais »

Ensinar/aprender literaturas africanas em português é também ensinar/aprender literatura afro-brasileira

A trajetória do grupo de pesquisa Literatura, História e Cultura: Encruzilhadas Epistemológicas (CNPq), da Universidade Estadual de Santa Cruz é ponto de partida para reflexões sobre a importância do investimento público na pesquisa enquanto determinante para a qualificação da formação docente bem como o caráter de resistência política e cultural que é o fazer pedagógico para e na diferença. Leia Mais »

Introdução à literatura africana de língua portuguesa: conceitos, ideias e produções

Ao abordar as literaturas africanas de língua portuguesa e a importância da lei 10.639/2003 estudo destaca a importância da reflexão sobre a valorização de uma única perspectiva de verdade em detrimento do apagamento das inúmeras outras representações socioculturais. Leia Mais »

» DOSSIÊ I SEMINÁRIO INTERNACIONAL: ÁFRICA, BRASIL E DIÁSPORA: RESSIGNIFICANDO OS OLHARES E AS RELAÇÕES ENTRE OS POVOS

Relato de Experiência

O pesquisador moçambicano Marílio Wane, se dedica atualmente à pesquisa do patrimônio cultural imaterial de seu país. Destaca a importância do processo de restituição do patrimônio cultural produzido em contextos coloniais bem como da presença de estudantes africanos (as), no meio acadêmico brasileiro, no sentido de ressignificar os olhares e relações. Leia Mais »

Por uma abordagem afrocentrada na educação científica: Relato do I Seminário Internacional África, Brasil e Diáspora

Grupo de Trabalho “Educação das Relações Étnico-Raciais nas Ciências da Natureza, Exatas e suas Tecnologias”, da Revista África e Africanidades traz reflexões em torno de ações voltadas para o rompimento do silenciamento da discussão sobre as relações étnico-raciais na área das Ciências da Natureza, Exatas e suas Tecnologias, bem como em seus ensinos. Leia Mais »

Uma filósofa negra, entre a filosofia acadêmica ocidental e as filosofias africanas, um espaço de ressignificações

“O que até então carreguei como sendo “epistemologia”? Como interajo, entendo e valido conhecimentos e saberes? A resposta é que, como uma acadêmica brasileira no campo da Filosofia, carrego a visão do pensamento ocidental, eurocentrado. E que visão é esta? Que epistemologia é esta?” Estas são algumas dfas reflexões trazidas pela pesquisadora Halina Macedo Leal. Leia Mais »

Epistemicídio e as Relações Internacionais

“O campo das Relações Internacionais é permeado por camadas de poder excludentes e elitistas. A branquitude, como um sistema político, estrutura as Relações Internacionais, as Ciências Sociais, a Universidade e a sociedade. O racismo/sexismo estrutural impede mulheres e homens negros e indígenas de acessar a academia e a produção de conhecimento legitimado. A colonialidade do poder, saber e ser, promovem um conhecimento eurocentrado e marcado em corpos brancos” diz pesquisadora Ananda Vilela. Leia Mais »

A geografia regional africana do ponto de vista de um moçambicano

Pesquisador José Maria do Rosário Chilaúle Langa impulsiona reflexões em torno da desconstrução do conceito de desenvolvimento, propondo que se use envolvimento, pois este segundo ele é o que se efetiva quando criamos regiões. Tal movimento só é possível a partir da cultura, da tradição das línguas locais, dos elementos físico-geográficos bem como da política. Leia Mais »

História da antropologia afro-cosmopolita: críticas à história da antropologia eurocêntrica

Josué Bila, antropólogo moçambicano resgata e apresenta intelectuais, livros e acontecimentos africanos de forma a problematizar a canonização eurocêntrica da história da Antropologia. Leia Mais »

O novo mapa do mundo nos antigos espaços de globalização: a África do regional ao global

Geógrafo da UFT contextualiza a categoria região na perspectiva miltoniana, abordando o movimento do particular ao global direcionado as relações políticas, econômicas e culturais no continente africano com o mundo e destaca a importância se aprofundar na sala de aula os estudos da Geografia Regional da África. Leia Mais »

A escrita árabe no norte de Moçambique

Pesquisadora analisa como o uso da escrita árabe entrou historicamente nesta região e como evoluiu para uma alfabetização africana antes do estabelecimento do domínio colonial moderno europeu no início do século XX. Aponta que a preeminência dos muçulmanos no comércio mundial e o envolvimento de Moçambique nesse comércio foram fundamentais para a expansão do Islã e a adoção do árabe como uma importante língua de comércio. Leia Mais »

Relações Internacionais a partir de nós: cultivando conhecimentos rumo ao pluriverso

Artigo destaca como o campo das Relações Internacionais é moldado a partir da defesa dos interesses das grandes potências, que são também os países que impuseram o colonialismo e o imperialismo nos últimos cinco séculos. Destaca a urgência e possibilidades de se criar perspectivas decoloniais dentro desta área. Leia Mais »

Do novo mundo ao novo normal. Quem define o novo?

Artigo discute as políticas de nomeação envolvidas na produção do Novo Mundo/América e seus efeitos violentos sobre os habitantes de Abya Yala. A partir de um olhar decolonial, chama a atenção para as estratégias coloniais de desqualificação da diferença. Traz ainda um debate sobre a pandemia de Covid-19 e sobre a produção de “novos normais” indagando sobre quem tem o poder de nomear o novo, o mundo e o normal e apontando para os limites e violências desta imaginação política colonial. Leia Mais »

A luta pela igualdade de gênero em Moçambique: um ensaio a acerca do documentário Xigubu dela

Pesquisadoras discutem o modo como a narrativa do documentário Xigubu Dela - produzido por Karen Boswall - aborda a desigualdade de gênero presente no contexto moçambicano, retratando como a dança Xigubu é ressignificada pelas jovens da Associação ASCHA - Associação Sócio Cultural Horizonte Azul, tornando-a meio não só de expressão artística, mas também política. Assim, a arte é usada como forma de protestar, educar e lutar por direitos. Leia Mais »

A mudança de perspectiva sobre candomblé através do direito: o recurso extraordinário 494601/RS

Estudante de Direito aborda mudanças de perspectivas no campo jurídico em torno das religiões de matrizes africanas. Aponta ainda a necessidade de maior diálogo com as comunidades de terreiros e movimentos sociais de forma a aprofundar questões importantes. Leia Mais »

Geografia política do capitalismo no Continente Africano: exploração, recursos e território

Artigo analisa como a instalação do Prosavana e a chegada da Vale em Moçambique para exploração de commodities tem gerado ao país um contexto de dependência, oneroso às populações locais e grupos tradicionais camponesas, gerando fragmentação dos territórios desses grupos e criando contextos de pobreza dentro do neocolonialismo. Leia Mais »

» DOSSIÊ I SIMPÓSIO INTERNACIONAL LENDO, PESQUISANDO E ENSINANDO LITERATURAS AFRICANAS

“A mulher de pés descalços" que habita em nós

“Mergulhar na imensidão dos caminhos percorridos pelas ruandesas desta narrativa faz, sem muito esforço, lembrarmos das histórias de muitas outras mulheres, negras, que estão espalhadas em cada canto do Brasil e do mundo”. Leia Mais »

Especulações em torno da língua portuguesa, literatura e erotismo

“[...] os poemas de João Melo tratam de uma erótica que vai muito além do sentido consagrado das relações erógenas. Propõem-se interpelar sobre não somente a produção dos textos, mas também as amorosidades possíveis no ato da leitura [...]” Leia Mais »

Reflexões sobre masculinidades negras na escrita de Eliseu Banori

Obra de escritor guineense é usada por pesquisador da UFRJ para reflexão sobre masculinidades negras e a construção de um pensamento-crítico-social nas literaturas africanas de língua portuguesa. Leia Mais »

Quem mandou cortar a pereira?

Celso Manguana, escritor e jornalista moçambicano nos presenteia com um texto literário que traz um pouco sobre das memórias e representações da infância. Leia Mais »

Retecendo vivências: o ensino de literaturas africanas e afrodiaspóricas como espaço de (re) construção identitária

“O ensino de literaturas africanas e afrodiaspóricas é uma importante estratégia pedagógica tanto para o fortalecimento da cultura negra/preta, quanto para a formação e legitimação de uma identidade étnico-racial ressignificada.” Leia Mais »

Ondjaki e algumas palavras sobre a literatura infanto-juvenil angolana

“[...] a valorização das tradições orais angolanas, bem como o reconhecimento mesmo de elementos culturais de determinados grupos étnicos possibilitam uma multiplicidade de olhares sobre a África [...]” Leia Mais »

Dimensões ensináveis e configurações da violência em O regresso do morto, de Suleiman Cassamo

“As literaturas produzidas em África, e não exclusivamente nesse continente, nos proporcionam diversas possibilidades epistemológicas ao nos apresentarem costumes, tradições, histórias de determinados povos. [...]” Leia Mais »

Olinda Beja em poesia e prosa

A autora tem uma vasta publicação literária em diferentes gêneros: romance, conto, poema. Ela também publicou obras literárias para o público infanto-juvenil. Leia Mais »

Do estrondo a descoberta: como a serendipidade movimenta as mulheres em Niketche

“Ao longo do romance, encontramos uma série de situações casuais de serendipidade, nas quais não só a protagonista, mas as demais mulheres de Tony vão tomando consciência dos mecanismos de controle e opressão que as cercam e de como podem romper com muitas dessas barreiras.” Leia Mais »

Djênia e Sonêa: livros, leituras e leitores de Guiné-Bissau

“A partir das categorias autor, obra e leitor, esse texto pretende analisar a relação da literatura africana como formadora de leitor e propiciadora do processo de leitura.” Leia Mais »

A presença do mar na poesia de Paulina Chiziane

“Veremos como a escritora traz, através das formas e dos sentidos poéticos, a imagem do mar: um cenário de mistérios, segredos, conexão espiritual, passando a ser um cenário de horrores, dores e mortes, mas também se tornando um ambiente de retorno a África, ao encontro da liberdade, dos ancestrais”. Leia Mais »

Olhares sobre o Brasil na obra de José Eduardo Agualusa, olhares sobre Agualusa na pesquisa e ensino brasileiros

“Ao longo do romance, encontramos uma série de situações casuais de serendipidade, nas quais não só a protagonista, mas as demais mulheres de Tony vão tomando consciência dos mecanismos de controle e opressão que as cercam e de como podem romper com muitas dessas barreiras.” Leia Mais »

Paulina Chiziane: (escre)ver o mundo pelo olhar da mulher

“Como testemunha ocular do conflito, escrevendo ao som de explosões de bombas próximas à sua casa, Paulina registra, nessa escrita, sua leitura do mundo e desejo de mudança, dentro de uma sociedade patriarcal”. Leia Mais »

O apartheid na literatura de J. M. Coetzee

A partir das obras do escritor sul africano o texto analisa como diferentes sujeitos, em situações singulares, percebem o regime do apartheid e como isso influencia na formação das suas tramas subjetivas. Leia Mais »

“Riqueza” literária em Mia Couto: um olhar em neologismos, provérbios e construção de personagens em Terra sonâmbula e Oúltimo voo do flamingo

“[...] há um poder criativo do uso da língua nos textos, presença da oralidade, espontaneidade e palavras aglutinadas que fazem parte das caraterísticas das línguas bantu (africanas) no processo da configuração e narração textual, Mia Couto marca assim a afirmação da identidade nacional moçambicana.” Leia Mais »